sábado, 30 de abril de 2011

Bem-estar | 20/04/2011 | 17h10min

Implante de "ouvido biônico" pode ser solução para problemas de audição

De acordo com dados da OMS, a perda de audição atinge mais de 15 milhões de pessoas no Brasil

Ouvir uma música, prestar atenção no canto dos passarinhos ou escutar os sons que permeiam o cotidiano parece ser algo banal e comum a todos, mas algumas pessoas não nascem com esse privilégio ou o perdem no decorrer da vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, a cada mil crianças nascidas no país, de três a cinco apresentam deficiência auditiva.

— Os problemas auditivos também podem ser causados pela exposição a ruídos intensos, doenças degenerativas e infecções — afirma a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, que também é otoneurologista e mestre em clínica cirúrgica pela UFPR.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a perda de audição atinge mais de 15 milhões de pessoas no Brasil. O aparelho auditivo é uma das várias técnicas existentes para recuperar a audição, mas não resolve todos os casos.

— Algumas pessoas sofrem com a surdez severa ou total e o aparelho auditivo não é suficiente para corrigir o problema. Para as situações mais graves, depois de passar por um rigoroso processo de avaliação, o recomendado é o implante coclear, também conhecido como ouvido biônico — esclarece.

O implante coclear é um equipamento eletrônico computadorizado, que estimula o nervo da audição através de impulsos elétricos. Ele é implantado cirurgicamente no paciente e é considerado o recurso mais avançado atualmente para o tratamento da surdez.

— Pequenos eletrodos são implantados dentro da cóclea, órgão da audição localizado na parte interna do ouvido, e estimulam a produção de sinais para o cérebro. O ouvido biônico é um aparelho sofisticado, com tecnologia complexa e que traz bons resultados — aponta.

Duas unidades compõem o implante coclear — a interna e a externa. A interna possui os eletrodos, que irão se conectar a um receptor localizado na região atrás da orelha, que também é implantado cirurgicamente por baixo da pele. Com o receptor também é colocado uma antena e um imã.

— O imã serve para fixar a unidade externa na cabeça do paciente e a antena tem a função de captar os sinais elétricos. O receptor atua como um decodificador dos sinais — destaca a otorrinolaringologista.

A unidade externa é a parte visível do implante e é composta por uma antena transmissora, um microfone e um processador de fala. O microfone serve para captar o som do ambiente e transmitir para o processador de fala, que por sua vez analisa o som e o transforma em impulsos elétricos que serão enviados até a antena transmissora.

— A antena transmite o sinal até ele chegar à unidade interna. Lá o sinal será decodificado e enviado para os eletrodos, que irão estimular o nervo auditivo. Este estímulo é interpretado pelo cérebro como som e o paciente recupera parte da audição — explica.

Os resultados dependem do histórico de cada paciente. Crianças que nascem com surdez devem ser implantadas o mais precocemente possível, pois apresentam ótimos resultados enquanto que adultos com mais de 10 anos de surdez alcançam resultados intermediários.

— Pacientes com doenças neurológicas, síndromes ou com má formação na cóclea normalmente apresentam resultados um pouco inferiores. É bom lembrar que outros fatores determinam o sucesso ou insucesso do tratamento como a avaliação das expectativas do paciente e a reabilitação fonoaudiológica pós-implante o que demonstra que cada indivíduo deve ser avaliado por uma equipe interdisciplinar — observa.

comentário:Importantissimo para os deficientes auditivos esta noticia que pode fazer com que os mesmos possam voltar a ouvir '' a vida '' ou dar a primeira oportunidade a pessoas que nunca tiveram este privilégio.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5070784-EI8145,00-Pinguins+jovens+estariam+morrendo+por+falta+de+alimento.html

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